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o que esperar do open banking

O que esperar do Open Banking no Brasil?

Já pensou simular um empréstimo e perceber que os juros são mais baixos que os atuais? E então que tal você enxergar os bancos como lojas, onde você poderá sim escolher uma em que o preço do “produto” seja realmente menor de maneira relevante?

O Banco Central trará nos próximos meses as evoluções das regras do open banking brasileiro. Para quem ainda não sabe, o sistema permitirá que as fintechs acessem seus dados bancários, claro, se autorizado por você. A expectativa é que até o começo do segundo semestre de 2020 seja possível começar a aplicar esse modelo que poderá ser inspirado no europeu. Mas, qual o objetivo? Quem ganha com isso? Quem perde? Quais são os riscos e vantagens que virão junto ao open banking?

O que acontece: Os grandes bancos brasileiros não agradam o Banco Central com o chamado Spread Bancário, pois é grande a diferença entre o juros que o banco paga a você quando investe seu dinheiro, comparado ao juros que cobram quando você faz um empréstimo.

Eles captam dinheiro vendendo investimentos, pagando um determinado nível de juros, e depois emprestam esse dinheiro cobrando juros bem mais altos”. Luiz Rabi, economista-chefe da Serasa Experian

Aumentar a concorrência dentro do sistema financeiro

A proposta do open banking no Brasil é estimular a oferta de benefícios e reduzir a concentração nos grandes bancos. Essa é uma medida tomada pelo Banco Central, para forçar a redução do spread bancário e contribuir para a inovação no setor.

Atualmente a forte concentração do mercado contribui para a preservação das margens de lucro dos bancos, de forma intencional ou por falta de desafios para melhor eficiência na operação e produtos oferecidos (que acabam sendo muito parecido entre eles).

Banco Tradicional > Open Banking > Fintechs!

As fintechs por sua vez, estão do outro lado da moeda focadas na inovação e redesenhando a área de serviços financeiros com processos totalmente tecnológicos. Elas aliam praticidade, preço justo, novidade, e agilidade aos seus clientes.

No modelo open banking, o cliente é o dono de suas informações bancárias. Portanto, é você quem decidirá se seus dados serão ou não expostos no sistema. Hoje esses dados são restritos aos grandes bancos, pois eles possuem a maioria dos correntistas do país.

Uma vez que você autorize o acesso a esses dados, certamente, poderá receber ofertas com taxas e condições melhores de outros bancos e das fintechs, que por sua vez, podem até mesmo oferecer produtos mais personalizados e adequados ao seu perfil e necessidade.

Por conta do porte, os grandes bancos olham para grupos de clientes, de forma agregada, e com isso, acabam desfavorecendo muitas pessoas. Já as fintechs, além de serem mais ágeis, não atuam em massa e conseguem chegar mais próximo ao perfil dos seus clientes, trazendo produtos mais assertivos.

De qualquer forma, é importante frisar que essas vantagens virão mais a longo prazo para nós clientes, pois tudo depende da padronização e troca de informação entre as instituições, com um protocolo de segurança que garanta que os dados não sejam divulgados sem autorização, ou até pior, vazem para fora do sistema bancário.

É sempre bom ter clareza para quem você disponibilizará seus dados

O principal risco de um sistema compartilhado é a segurança da informação. Os sistemas terão que conversar entre si, e ao mesmo tempo, estarem protegidos de ataques de hackers.

A segurança da informação é uma área crítica, de alto risco. Temos visto uma série de vazamentos no mundo todo envolvendo grandes empresas, como o Facebook. Não há sistema que seja 100% livre de ataques. Mas é claro que o Banco Central exigirá dos bancos um nível de segurança elevado para o open banking”. Michael Viriato, professor de finanças do Insper.

open banking está só começando no nosso país, e é importante que seus participantes estejam regulados e homologados pelo Banco Central. Sendo assim aplicado todas as regras de padronização, captura de consentimento dos clientes e o uso adequado de suas informações. A expectativa é que essa padronização sejam divulgada ainda esse ano, permitindo que o sistema possa começar a funcionar em 2020.

Aqui na FCamara estamos atentos ao mercado financeiro e em breve teremos uma série de eventos abordando esse tema, fique atento em nossa agenda.

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