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1 mês de home-office e contando…

Recentemente fomos tomados por uma pandemia; a covid19. O que nos fez repensar e mudar diversos hábitos do nosso dia-a-dia e a forma de trabalhar foi uma dessas mudanças.

Empresas que não possuíam o costume das atividades home-office, se viram na necessidade de mudar e notaram os privilégios dessa modalidade. E as que possuíam na sua cultura essa forma de trabalhar, auxiliaram os novatos e afirmaram ainda mais as suas vantagens.

Eu particularmente, apesar de trabalhar em uma empresa que possui o segundo perfil, ou seja, que tem o home-office integrada em sua cultura, não me via usufruindo dessa liberdade.

Afinal, a minha trajetória profissional se iniciou cedo e em empresas que possuem uma rotina de trabalho tradicional onde o presencial é essencial.

Por exemplo, quando fui estagiário em uma rede bancária e auxiliava os demais colaboradores na oferta dos produtos e serviços disponíveis. Um trabalho que olhando atualmente, seria fácil de encaixar em uma rotina remota, pois muitas vezes era feito através de atendimento telefônico e um CRM (Customer Relationship Management).

Rotina e Cotidiano

Como falei anteriormente a maioria das empresas em que trabalhei necessitavam ou exigiam o trabalho presencial. Sempre possuí uma rotina regrada, ou seja, existia um cronograma a ser seguido: acordar > tomar banho > me arrumar > tomar café > pegar transporte > trabalhar.

O que pra mim era basicamente como se eu me prepara-se para realizar as tarefas que vou ter durante o dia, onde cada passo me deixasse mais próximo a conclusão das minhas atividades diárias.

Estando em casa, essa rotina foi quebrada e eu tive que me adaptar a um novo cenário.

Vocês devem estar se perguntando como eu fiz isso? Ai que tá, eu ainda estou fazendo.

Apesar de ir para o escritório todos os dias, o culture code da empresa deixava em aberto que tínhamos que trabalhar o horário estipulado, mas que não exista nenhuma definição de tempo para entrada, almoço e saída, cada um fazia o gerenciamento do seu tempo como preferisse.

Com o trabalho home-office isso teve que ser contornado e tive que me impor regras a respeito de horário.

Isso porque estando em casa temos a necessidade de separar qual é o momento de trabalho e qual é o momento de lazer, já que as duas coisas estão sendo feitas no mesmo ambiente por dias consecutivos.

Então se aprimorar de antigos hábitos das minhas experiências passadas, onde determinamos um horário para acordar, iniciar o trabalho, para dar a pausa do almoço e por fim se encerrar as atividades foi uma decisão fundamental para que eu pudesse realizar essa diferenciação de trabalho e lazer.

Isso não significa que estou craque nisso e que consigo fazer todos os dias, era uma hábito antigo que se foi perdido e está sendo retomado, logo é um esforço gradativo até chegar novamente num ponto de costume diário.

Família e Espaço

Possuo uma família grande (e no que eu quero dizer com família, são aqueles que vivem e convivem próximos a mim e na mesma residência) o que me fazia crer piamente que eles não entenderiam e não respeitariam essa forma de trabalhar.

Imagine só, morar com 07 pessoas em um casa de apenas 02 quartos.

Com toda certeza um problema não é?

Ainda mais se levarmos em consideração a situação do covid19, onde todos estarão simultaneamente na mesma residência, ocupando praticamente os mesmos cômodos.

Mas até que não está tão ruim quanto eu imaginei viu?!

É um trabalhado em progresso, mas está melhor do que eu imaginava.

Cada dia eu fico em um local diferente, seja na área de serviço, cozinha, quarto ou sala.

A única vantagem é que o campo de visão não é sempre o mesmo. Assim me traz um pouco da energia que foi perdida pela falta de contado com os colegas de trabalho, que sempre estavam conversando, brincando e até mesmo batendo palmas aleatoriamente.

Agora, a questão família, tenho que dizer que está sendo o maior problema. Como cada um tem suas atividades, fazer a conciliação de todas em um espaço limitado é no mínimo desafiador.

Além, do fato de serem pessoas mais velhas que não conhecem essa onda de trabalhar em casa, fazer com que eles entendam e por fim respeitem requer muita, mas muita paciência.

Mas, junto isso ao fato de trabalhar em uma área de criação, complica ainda mais. Eles acabam não levando a sério, não entendem a sua jornada de trabalho, as ferramentas que você utiliza e acabam te interrompendo constantemente.

Eu sinceramente estou batalhando, a minha carta na manga está sendo as calls, porque acabo avisando que estou em uma reunião e assim eles não ficam me chamando, pedindo favores e me perguntando “n” coisas.

Ansiedade a mil por hora

De todos os males, a ansiedade está sendo de longe a pior coisa.

Sabe aquele lance de separar o que é trabalho ou lazer?

Então, como disse é complicado e se não for feito pode acabar gerando um ansiedade que talvez você não tivesse (o que acho que não foi o meu caso já que sempre fui workaholic, mas que provavelmente deu um intensificada).

Como não estou perto do time fisicamente, acabo achando que mesmo através das mensagens, ligações, videochamadas ou qualquer outra forma de comunicação que utilizamos, acabo não passando de fato a produtividade real que tive.

O que me faz ter uma autocobrança maior a respeito de fazer as entregas estipuladas, de mostrar detalhadamente o que tá sendo feito, entre outras coisas que me faz pensar praticamente 24 horas por dias em trabalho e que também me faz sentir culpado quando os pensamentos não são sobre trabalho ou por ter dado um break pra maratonar aquela série da Netflix, assistir um vídeo qualquer no Youtube ou até mesmo fazer um teste bobo no Buzzfeed.

Seguindo em frente!

Apesar dos apesares toda essa nova realidade cheias de obstáculos e que está tirando não só a mim, mas acredito que vocês também da zona de conforto e do lugar comum está sendo enriquecedora.

Estamos sendo capazes de errar e de transformar o erro em aprendizado, estamos em um processo de autocritica e de autoconhecimento e acima de tudo estamos em um processo de empatia e de ser colocar no lugar do outro continuo e que fará com que saíamos mais fortes.

Artigo desenvolvido por Diego Tavares – UX Designer do Grupo FCamara

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