Skip to content

A experiência de um re:Invent

Em novembro tive o prazer de ir para Las Vegas para prestigiar de perto o re:Invent. Uma experiência incrível em muitos aspectos. Aproveitando da incrível estrutura de Las Vegas o evento é um espetáculo para o conhecimento e para os olhos. Como negócio, é surpreendente como esse ecossistema de inovação se retro alimenta com as novas necessidades que surgem a cada ano e cria um ambiente colaborativo em soluções que se complementam e oferecem novas possibilidades aos seus usuários. O evento da Amazon, não é só dela, é de seus parceiros e clientes que utilizam de maneira eficiente e coordenada a semana do evento para divulgar seus trabalhos, produtos e experiências, além de encontrar novas formas de resolver problemas.Claro que um evento desse tamanho, serve para divulgação de muita coisa nova que está surgindo, mas também é uma grande fonte de conhecimento, onde as palestras não tem mais somente uma pegada técnica. Várias delas foram focadas em gerar insights e novas perspectivas para CTOs que passam por transformações digitais dentro de suas empresas. Afinal não é de hoje que startups nascem sem ter um parque tecnológico o que possibilita que as mesmas não tenham a necessidade de alavancar grandes quantias para criar e manter toda essa infraestrutura. Mas mesmo com as facilidades que temos hoje em dia, toda essa mudança traz novos possibilidades e desafios. Fica claro ao participar de um evento dessa magnitude que várias empresas aproveitam dessa novas oportunidades para criar soluções que buscam facilitar esses novos desafios. Assuntos como segurança e diagnóstico de problemas são um prato cheio e quanto mais distribuído seu sistema e o alcance do mesmo, maior a chance de você deparar com problemas diferentes em regiões diferentes. Assim ferramentas que acelerem o diagnóstico e ajudem na prevenção são rapidamente aceitas pelo mercado.E falando em aceitação, algo que me chamou atenção durante o evento foi o stand da Red Hat, que em pleno evento da AWS fazia anúncios de sua própria nuvem a OpenShift. Apesar da minha surpresa inicial, ao entender um pouco mais da ideia, me pareceu bem natural na realidade a presença da OpenShift no evento. Seu ponto focal era mostrar como é possível gerenciar containers dentro da AWS utilizando seus serviços. Inclusive essa gestão distribuída de recursos vem ganhando força. Já é visível para as gigantes do mundo das nuvens que a gestão de containers em múltiplas plataformas de nuvem é uma realidade que veio para ficar. E deixar de olhar para essa possibilidade pode significar perder vários contratos.Já produtos bem consolidados no mercado vieram com tudo demonstrando seus novos modelos de negócio, como o caso do Redis que focou seus esforços no evento em mostrar seu modelo Enterprise. Oferecendo inclusive um modelo agora onde você não necessariamente precisar contratar o Redis direto de um serviço de nuvem ou ter uma estrutura on premisse para se utilizar das vantagens da ferramenta. Possuindo sua própria cloud o Redis oferece seus serviços de maneira flexível e escalável. Ao entender melhor toda a ideia me questionei qual seria a vantagem de eu contratar esse serviço do Redis direto deles e não da AWS ou qualquer uma de suas concorrentes, a resposta do pessoal que me atendeu foi direta … é muito mais barato.Eu particularmente gosto de saber desse tipo de possibilidade, afinal a nuvem é um ambiente ainda muito volátil quando assunto é preço. Algo que faz sentido em um tamanho pequeno, pode ser um verdadeiro “tiro no pé” ao ganhar escala. Hoje arquitetos precisam estar atentos a esse tipo de oferta para conseguir gerenciar custos de maneira eficiente, assim no final do dia saber que existe, por exemplo, máquinas spot e todo o modelo de contratação por trás delas pode garantir uma economia de milhares de dólares no final do mês.Outro assunto muito forte no evento é a análise e segurança de dados. Como novas legislações surgindo e dados sendo o novo petróleo da era digital a demanda por controle e gestão da informação cresce de maneira exponencial. Várias empresas já entenderam que explorar essa massa gigantesca de dados sendo criada a cada dia é difícil de ser controlada e examinada. Empresas como a Sumologic surgem com essa missão de oferecer uma gestão total do ciclo de SIEM.Por último, algo que me ajudou por estar fazendo nesse momento um estudo para um cliente, foi o stand Chinês da AWS dentro do evento. Pois, se você já atuou em um projeto onde o cliente tem um desejo de ter um datacenter dentro da China, já percebeu que essa tarefa é algo não tão trivial. Diferente das outras regiões ter uma estrutura dentro do país é algo que requer tempo e estudo. É algo bastante burocrático e cheio de entre linhas, assim ao ver a AWS oferecendo esse tipo de possibilidade foi muito positivo. Pude entrar em contato com representantes e parceiros da região, que do evento para cá, vem me ajudando a elaborar essa estratégia. Assim participar desse evento foi recompensador de várias maneiras diferentes. Sem falar no espetáculo que é Vegas…Estou organizando um bate papo onde pretendo falar mais sobre o evento. Tem interesse? Comenta aqui!Por Joel Backschat
Back To Top
Buscar